O Bando vai pra capital do Brasil
Pois é turma, tocamos finalmente em
Brasília DF, depois de 17 anos. Uma turma da pesada apostou no nosso som e nos convidou para um festival muito, muito doido, o Ferrock, que acontece há mais de
20 anos na cidade satélite de Ceilândia,
Doze bandas por dia, dois palcos
com a mesma estrutura em cada um dos palcos, e o
melhor de tudo sem a menor frescura se “essa ou aquela banda” é mais ou menos importante , uma banda
com dois anos de estrada tinha a mesma
importância de uma com vinte, SENSACIONAL. Fomos muito bem recebidos pela turma do festival, e o
organizador , o Ari, um cara de uma simpatia e um astral quase
“hair”, isso mesmo parecia o Berger do filme e imaginem o mentor da coisa toda correndo de um lado
pra o outro, com sua bolsa tira colo de couro surrada, com uma camiseta do Malcon X, resolvendo tudo, de equipamento de som e problemas mortais até quem venderia as camisetas…..na boa alguns “promoters” deveriam
ter visto isso, organização old school que funciona e trás calma pra
todos.
Pegamos o avião
em Campo Grande e uma hora depois
descemos em Brasília, por imposição da
banda e insistência do Fralda fomos para
o local do show, pra ver
se dava pra passar o som, não
dava! Mas …aí vem o bom senso,
a camaradagem e os caras nos deixaram passar o som numa boa,
great, demos uma passada, o Willy acertou o
PA, o Neto de Brasília fez o side com uma paciência de Jó, ou seja 100% camarada. Usamos os seguinte gear, Marcos usou um amp Bugera com pré valvuldo para o baixo
com caixas Hartke, o Rodrigo usou um excelente JCM 900, com cabinete 1960,
eu usei
um Bugera 1960, cópia do MKII com
uma caixa de 400W Ultrastack 400 com um
som legal pra caramba, Alex levou seus
teclados , e Adriel tocou em um Kit
Yamaha…Galera esse era o Back Line
do Ferrock, ou seja excelente.
Tivemos o privilégio de sermos a banda Headline do
nosso palco, o que nos proporcionou
um show de uma hora, 20 minutos à mais
que as demais bandas, e isso reflete em responsa das brabas, no
outro palco a Headline seria a poderosa Vulcano que
dispensa comentários e apresentações. Confesso
que foi um show que
chamamos na gíria, de difícil, já que o público era em sua maioria, fans de Punk Rock, Trashed
Metal, Grid Core, Hard Core e afins, ou
seja mais uma vez provamos a nossa teimosia, e “pau duro” encarando de frente numa boa. Mas qual é a
formula? Simples, tesão pela coisa, entrosamento e um P.A, muito, muito mas
muito alto!!!! (risos) começamos com
metade da platéia, terminamos com o publico
total, com pedidos de “mais um”, novos fans e também antigos fans,
ficamos brothers da galera da Banda Elffus que faz um puta som, fiquei amigo
dos mineiros radicados em Brasílila da turma da viola e catira …isso mesmo no meio da pancadaria o Ari
colocava musica folclórica, e pasmem a coisa funcionava pra caralho sem dúvida nenhuma. Gostei particularmente de alguns shows, a turma da
Slaver de (DF), Elffus (DF), Vulcano (SP) e os bros da DxDxO (MS) que fizeram o
apocalipse na parada, MS saiu de
lá mais forte do que nunca, podem acreditar.
Final de show ainda tive a enorme surpresa e prazer de
encontrar meu tio, que mora em Brasília e
que foi nos prestigiar no meio de toda a loucura que são esse festivais ….Depois
descolamos uns pasteizinhos “da hora”, já que o Willy não deixaria Brasilia sem degustar os
pasteizinhos doces de banana e de chocolate, e podem acreditar
que foi um banquete de pasteis,
pastel de todo o tipo, e
para todos os gostos, com a turma da banda, meu
tio e a galera da lanchonete! Bacana demais.
Well... só que aí
vem a coisa chata… dormir com a adrenalina
em alta é foda, e ter que acordar às 5:30 pra pegar o vôo de
volta chega a ser criminoso,
porém vamos lá, 6:00 no aeroporto uma
hora de viagem até Cuiabá, depois mais uma hora de viagem até Campo Grande, em um total de duas horas de viagem,
escala em Cuiabá, trampo para a Ana
(Saraiva) Miranda, e o Yuirê (A.K.A) Zé,
nosso Roadie jr. A Ana manteve a ordem,
na verdade a Ana manteve quase uma Ordem Unida! É isso aí colocou a turma toda no lugar .... E gente tudo isso de salto alto !!! E o Zé …encarou
a parada sozinho, vestindo a
camisa rock’n’roll…que é preta ..Não é
Sr Yuirê (risos)...Só faltou a Ana Ostapenko! Norte Ana, norte Ana.
Mas como estava falando.... Duas horas de vôo e chegamos 5h
depois, provando que o avião é meio de
transporte mais rápido que existe, desde
que você esteja no ar (risos)
Até a próxima!
Fabio "Corvo" Terra