Me
pediram pra escrever para o blog do Bando, …Ok, escrevo para alguns blogs e achei que não teria
nenhum problema, errado, sentei
diante da porra do notebook, da
tela em branco e nada me veio à cabeça…. Well folks, aí apelei, coloquei um som do
Blackberry Smoke e uma meríade de idéias pintou na minha cuca! Dentre todas as idéia apavorantes
que poderia contar desses 18 anos, pensei “ vou
começar pelo início”…sim
pelo meu
início no Bando.
Meu
início começa antes mesmo de entrar na
banda, que eu era? Eu era um cara que curtia as duas bandas que
deram o “start” para o Bando, era fan pra cacete do
Alta Tensão, na minha rebelde juventude, com seu som N.W.O.B.H.M.
e da Blues Band, uma banda de blues honesta e esforçada que rolava no underground da cidade, e como vocês podem imaginar, para um garoto boboca,
imbecil, metido à besta que achava que podia tocar guitarra, esse, era o habitat perfeito.
Já tocava guitarra com uma
banda chamada Inverno Russo, pois é todos
temos um passado negro, o Inverno Russo
era uma banda até que era bacana, uma mistura de U2, INXS, Ramones e Pink
Floyd, ou seja a famosa banda que tocava
de tudo e não era nada tocávamos o que rolava na rádio FM !!!!! Sim existiam
rádios que tocavam rock e pop, e tínhamos um relativo reconhecimento na city,
Jesus save.
Mas como tudo tem que acontecer na sua hora, fui chutado da banda (risos), o motivo? Bem as famosas divergências musicais,
eu gostava de Bob Dylan e eles nem sabiam
de sua existência, mas a amizade continua numa boa e o som que cada um faz também, foi uma puta escola.
Depois de fazer faculdade de arquitetura, eu já estava decidido a largar mão dessa coisas
de guitarra, e dar um fuck off para essa
lance todo de banda e rockstar tupiniquim e fiquei “solteiro” por 5 anos, mas veio o
destino me encher o saco outra vez, e em uma dessas “viagens” que
fazemos quando se é novo, resolvi ir pra Bonito, com uma bando de amigos e amigas, e o Bando do
Velho Jack iria tocar no camping
em que estávamos hospedados, pensamos “Great...maravilha carnaval com rock”
...e lá fomos eu e meu bro de roubadas Nilsão, encher a lata, literalmente, enchemos a lata, a cabeça e porra do fígado com uma batidinha de maracujá horrível,
e depois que acabou a horrívei batidinha, resolvemos criar um novo e conceitual drink! Abrimos um desses pacotinhos de suco de maracujá numa
caneca de ferver leite, despejamos uma
51 em cima, colocamos um pouco de açucar, e meu posso afirmar, estava pronto uma das piores coisas que o ser humano poderia beber, o problema e que já estávamos meio calibrados e o trem desceu
legal!!!! E como foi bacana.
Bom o que isso tem a ver
com o fato de eu
ter entrado no Bando? Vamos lá....Não
sei se foi antes ou
depois da trombada de maracujá, mas quando estávamos no rio, no rio, no rio... well não lembro
o nome do rio, meu
parceiro atual de banda Marquinhos, me falou sobre alguns poréns que a banda iria passar
com a viagem do Fabio Brum pra América,
guitarrista naquela época, e me perguntou
se não poderia quebrar o galho
deles já que ficariam sem guitarrista por um bom tempo, naquele momento me pareceu
a pior ideia do mundo, entrar em
uma banda, recém formado, meio que saco
cheio dessas coisas, e até recusei
o pedido educadamente, só que
o Nilsão e o Renato Amaral,
colega de arquitetura, falaram “ Cara... vai
lá, pô Corvão encara essa ...larga de ser bicha” .... A força que essa expressão tem e inimaginável
quase tão forte quanto um chute no saco... aí
disse “ Porra, falou, vamo lá, let’s rock”....” no show da tarde antes daquela trombada de
maracujá minha e do Nilson, e acho que o Amaral também encarou , me chamaram
para uma canja, tocamos “Walk
Like A Man” e “Were a American Band”
ambas do Grand Funk Railroad, e o som
foi sensacional, voltei aos dias que
tirava o sons do Peter Frampton, Clapton With Bluesbreakers e uma nova paixão daquela dácada, S.R.V….. O dia era de sol, quente, e de verão, e desde então estou em uma das bandas mais legais do país,
gravando discos fazendo musicas,
viajando, brigando e voltando atrás, tocando em locais sensacionais e
pulgueiros onde só os fortes sobrevivem, como se fosse um sonho bacana, agora se existe algum pesadelo, esse eu deixo
para os caras que já me agüentam há 18 anos (risos).
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